2008-08-12

Estado da Economia

Confirmando a tendência ascendente dos últimos meses, o Banco de Portugal, no seu Boletim de Estatísticas publicado em Julho, revela que, em Maio, o montante de empréstimos concedidos por instituições financeiras a particulares bateu novo recorde nos 131,6 mil milhões de euros. Em relação ao período homólogo de 2007, este valor cresceu 9,7%. Com idêntica orientação segue o montante de créditos de cobrança duvidosa concedidos aos particulares. No mesmo mês, estes representam quase 2% do crédito total concedido. Sem grandes surpresas, as famílias portuguesas destinam 79,2% do valor recebido em créditos para a compra/troca de habitação. O crédito ao consumo e os outros créditos captam 11,4% e 9,4% do total, respectivamente.

As empresas não fogem à regra e aumentam continuamente a sua fatia de endividamento. As Instituições Financeiras Não Monetárias são as que recebem a maior percentagem do crédito concedido a todas as Sociedades. Em Maio, estas sociedades receberam quase 106,8 mil milhões de euros em créditos, de um total de 125,97 mil milhões de euros atribuídos. Tal como se verifica para os particulares, o montante de cobrança duvidosa ainda fica ligeiramente abaixo de 2% do total de crédito concedido. Mas, em Maio, os créditos de cobrança duvidosa das Sociedades Não Financeiras aumentaram 24% em relação a igual período do ano anterior.

Globalmente, os principais indicadores de conjuntura económica pioraram nos meses mais recentes. Entre Janeiro e Abril de 2008, as exportações nominais de mercadorias aumentaram 7,2% em termos homólogos, mas as importações caíram 13,7%. Para o mesmo período, o défice da Balança Corrente e de Capitais aumentou em 1383,8 milhões de euros face a igual período do ano anterior para os 5297,4 milhões de euros. A taxa de variação homóloga do IPC aumentou de 2,8% em Maio para 3,4% em Junho, com destaque para a subida dos preços dos bens alimentares não transformados e dos bens energéticos.

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