2008-09-09

Não há almoços grátis

A diminuição da carga fiscal deveria ser feita de modo a que os contribuintes conseguissem libertar meios para suportar as despesas com educação e saúde por si só. O diferencial, que já existe, nos impostos directos seria também mantido. Em relação aos impostos indirectos, teria que ser construído um ranking mais alargado desde os bens e serviços mais essenciais até aos mais supérfluos. Deste modo seria distinguido o consumismo da necessidade. Já em relação ao incentivo à poupança, este podia ser feito através de um incentivo fiscal em aplicações financeiras, independentemente do seu nível de risco.

É desta dificuldade de efectuar escolhas, seja nas opções políticas dos governantes, seja nas rotinas do quotidiano de qualquer indivíduo que chegamos à conclusão de que não existem almoços grátis. Mesmo que quem “almoce” não pague, há sempre alguém que acaba por pagar esse almoço. Ainda assim, existe uma excepção ao adágio nos mercados financeiros, através das operações de arbitragem. Sem tomar qualquer risco, é possível lucrar com desfasamentos temporais de diferenciais de preços.

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