2008-12-05

Mercado laboral nos EUA

A turbulência financeira que afecta a economia norte-americana desde o estalar da crise do subprime está a atingir severamente a economia real, nomeadamente o mercado laboral.

No mês de Novembro, registou-se a maior destruição de emprego desde 1974. A maior economia do mundo perdeu 533.000 postos de trabalho no sector secundário e terciário. A previsão média dos 73 analistas consultados pela agência Bloomberg apontava para uma perda de 338.000 empregos. Aliás, a pior das estimativas sinalizava uma perda de 470.000 postos de trabalho. O mês passado é o 11º mês consecutivo em que há uma diminuição do emprego. O ano de 2008 (excepto o mês de Dezembro) acumula uma perda de 1.911.000 postos de trabalho contra a criação de 1.096.000 lugares em 2007. A perda de empregos durante este ano chega mesmo a superar a ocorrida durante a última recessão em 2001, em que 1.762.000 pessoas foram despedidas.

Por sua vez, a taxa de desemprego norte-americana subiu de 6,5% em Outubro para 6,7% em Novembro. No final de 2007, situava-se nos 5%. A taxa de desemprego divulgada hoje pelo Departamento de Trabalho dos EUA é a mais elevada desde Outubro de 1993 (6,8%) e supera a média histórica de 5,6% (os dados começaram a ser compilados desde Janeiro de 1948). Ver no gráfico abaixo a evolução deste indicador desde 2000.

Os Estados mais afectados com o flagelo do desemprego (dados relativos a 31 de Outubro) são o de Rhode Island e o Estado de Michigan com uma taxa de 9,3%. Segue-se a Califórnia e a Carolina do Sul com 8,2 e 8,0%, respectivamente. Pelo contrário, South Dakota, Wyomoing, Utah e Nebraska são os estados menos penalizados com uma taxa de desemprego média de 3,4%.

No mês passado, o vencimento médio por hora aumentou 0,4% em relação a Outubro. O aumento do vencimento médio por hora em 2008 é de 0,3%, o mesmo registado em 2007.

Fonte: Bloomberg

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