2009-02-10

Japão contra proteccionismo norte-americano

O Japão está a contestar o proteccionismo dos EUA como forma de combate à crise económica e prepara-se para o manifestar na próxima reunião do G7 que terá lugar em Roma no próximo fim-de-semana.

Tudo se deve à cláusula “Buy American”, proposta pelo Congresso dos EUA, no seu plano de recuperação. Os senadores aprovaram uma emenda a exigir que este plano seja aplicado de modo consistente com os acordos internacionais dos EUA, conferindo à UE, Japão, Canadá e outras potências comerciais a isenção desse artigo. Contudo, a Câmara aprovou uma versão deste plano sem essas garantias.

O ministro das finanças japonês comparou esta situação com a lei Smoot-Hawley, criada na altura da Grande Depressão, que conferia enormes direitos alfandegários a produtos importados, desencadeando mecanismos de retaliação e agravando a crise económica internacional. Com isto, grupos empresariais alertam que o "Buy American" pode gerar retaliações comerciais em todo o mundo, e por isso deveria ser derrubado no Senado.

Caso uma lei desta natureza seja aprovada, o Japão irá sofrer graves consequências já que cerca de 22.5% das suas exportações se destinam para os EUA. De resto, países como a China, Brasil e Índia, que nem faziam parte da emenda inicial, iriam ver afectadas cerca de 20% das suas exportações. No caso do Canadá, as exportações para os EUA representam 76.4% do total enquanto que as do reino unido e as alemãs representam 13.1% e 8.5%, respectivamente.

(fonte)

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